Friday, September 6, 2024

Nomeasaun no pose husi Diretor IDN

 

REPÚBLICA DEMOCRÁTICA DE TIMOR-LESTE GABINETE DO PRIMEIRO-MINISTRO ALOCUÇÃO DE SUA EXCELÊNCIA O PRIMEIRO-MINISTRO KAY RALA XANANA GUSMÃO POR OCASIÃO DA TOMADA DE POSSE DO SENHOR CAPITÃODE-MAR E GUERRA PEDRO KLAMAR FUIK COMO DIRECTOR DO INSTITUTO DE DEFESA NACIONAL, 03 DE MAIO 

 



Senhor Secretário de Estado da Defesa, Senhor Chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas, Senhor Capitão-de-mar-e-guerra Pedro Klamar Fuik, Excelências, Senhoras e Senhores, Com a tomada de posse do Senhor Capitão-de-mar-e-guerra Pedro Klamar Fuik para Director do Instituto de Defesa Nacional, cerimonial que hoje nos junta aqui, inicia-se uma etapa inovadora na forma como o Estado timorense encara os assuntos relacionados com a defesa e a soberania nacional, procurando-se agora, nesta matéria, o envolvimento de todos os quadrantes da sociedade. No Mundo actual, em permanente transformação, em que o conceito de defesa evolui na medida em que as ameaças à paz e à integridade territorial dos vários Estados se vão diversificando, torna-se fundamental pensar e repensar o empenhamento táctico e estratégico das forças que têm como responsabilidade primária assegurar a independência e a inviolabilidade das fronteiras internacionalmente reconhecidas. Hoje não basta termos umas Forças Armadas tecnicamente bem preparadas e disciplinadas, é necessário também entender o papel que lhes está reservado e garantir que toda a comunidade tenha a percepção da importância e da necessidade da sua existência, enquanto garante último do seu próprio bem-estar e qualidade de vida. Pensar a Defesa não pode ser um exclusivo dos militares, mas sim uma obrigação de todos quantos se entregam ao serviço público e também daqueles que, desenvolvendo a sua actividade profissional fora das instituições estatais, têm igualmente como meta contribuir para a construção do Estado. Foi com base nestes pressupostos que o IV Governo Constitucional se empenhou na criação do Instituto de Defesa Nacional, órgão que terá a responsabilidade de moldar os futuros quadros e líderes estratégicos de Timor-Leste, incutindo-lhes uma visão com sensibilidade para a Defesa e uma melhor compreensão de todos os assuntos relacionados com a defesa do território e a segurança das populações. O Instituto de Defesa Nacional terá como tarefa prioritária a de valorizar os quadros das Forças Armadas, da Administração Pública e das Universidades, bem como de todos quantos, através do seu trabalho, concorrem para o desenvolvimento económico e social da Nação timorense. Deverá também procurar sensibilizar a sociedade civil para os problemas da segurança e defesa nacional, em particular das ameaças a que está sujeita e dos deveres a que todos estão vinculados no sentido do garante da soberania nacional e da preservação do Estado de direito. Temos que ganhar consciência que está na hora de os timorenses pensarem exclusivamente pela sua cabeça em matérias tão fundamentais para o seu destino, como são as respeitantes a todas as actividades que visem defender a independência da Nação. Temos contado com o apoio internacional amigo na edificação de uma força de defesa profissional, bem preparada tecnicamente e com níveis sustentáveis de

 

operacionalidade. Sem esse apoio muito dificilmente teríamos atingido o patamar em que já nos encontramos. Tivemos esse mesmo suporte na elaboração de todo o tecido legislativo das áreas da defesa e da segurança, trabalho para cuja realização não estávamos ainda suficientemente habilitados para levar a cabo sozinhos. Estamos reconhecidos a todos os que se prestaram a nos apoiar nessas tarefas essenciais, mas, obviamente, não podemos ficar eternamente dependentes da ajuda externa naquilo que apenas a nós diz respeito. Daí a importância que este momento representa para Timor-Leste. Sabemos que a missão que o Instituto de Defesa Nacional tem pela frente, na preparação de quadros responsáveis e imbuídos de uma cultura estratégica de defesa nacional, apesar de aliciante, é de difícil execução. Por isso mesmo houve a preocupação de escolher a pessoa mais bem preparada para conduzir os destinos do Instituto de Defesa Nacional, nesta sua fase crucial de arranque. O Capitão-de-mar-e-guerra Pedro Klamar Fuik preenche todos os requisitos indispensáveis para o desempenho das funções que agora lhe são atribuídas. Preencheu sempre cargos de elevada importância para o processo de constituição das F-FDTL, nomeadamente o encargo pelo acompanhamento dos estudos do “King’s College”, responsável pelo Centro de Formação em Aileu, chefe das operações, Comandante do Centro de Instrução Nicolau Lobato, Coordenador do Estudo 2020 e Comandante da Componente Naval. A par da actividade desenvolvida dentro da estrutura das F-FDTL, o Capitão-demar-e-guerra Pedro Klamar Fuik não descurou a sua formação militar doutrinária, tendo frequentado, em Portugal, o Curso de Promoção a Oficial, no Regimento de Comandos, o Curso Geral Naval de Guerra, no Instituto de Estudos Superiores Militares – IESM - (equivalente ao Curso de Promoção a Oficial Superior), o Curso Complementar Naval de Guerra, também no IESM (equivalente ao Curso de Comando e Direcção) e o Curso de Capitania de Portos. Na Austrália concluiu o Curso de Estado-Maior Conjunto e o Curso do Centro de Estudos Estratégicos de Defesa (com equivalência ao de Promoção a Oficial General). Tem pois, o Capitão-de-mar-e-guerra Pedro Klamar Fuik, um passado brilhante ao serviço da Instituição Militar, que faz dele um dos mais promissores oficiais da sua geração e para quem, certamente, outras tarefas ainda de maior responsabilidade estarão destinadas. Estou plenamente convicto que o Senhor Capitão-de-mar-e-guerra vai cumprir com distinção os objectivos traçados para o Instituto de Defesa Nacional. Sabe que para isso contará sempre com o meu apoio institucional e também, naturalmente, com o do restante poder político e o da estrutura superior das F-FDTL. Faço votos para que o sucesso o acompanhe. Muito obrigado.

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